E o terceiro que acaba de sair do quarto, encosta a porta e solta a ‘onça’ grunindo no bolso estéril da necessidade. Então, o chuveiro passa a lavar sua pele e nas gotículas aquáticas escorrem os resquícios do suor, contaminado pelo ‘indesejo’ da junção dos corpos nus.
Chega vistoso, o quarto e a ‘onça’, nessa hora, cede lugar à ‘garoupa’.
No quarto a máquina de fazer ‘felizes’ agora trabalha a todo vapor. Portanto... sudoríparas em ação.
O dia aparece e a fábrica, paradoxalmente, fecha a sua única porta; o seu regime é de turno... Noturno.
Seu único proletário é o seu próprio dono e nesse caso, havendo a Mais Valia, todos os lucros serão homônimos.
É nessa hora que seu corpo dorme e amanhece quando chega a tarde mandando à merda os homens e a vida.
Ela tem apenas 15 anos, e prazer mesmo...
Só sente quando come pizza portuguesa com refrigerante.
Jairo Cerqueira