sábado, 8 de maio de 2010

Visão de um homem comum



           

            Queria tanto lhe beijar a face
             Encostar meu rosto
             No seu ombro amigo
             Agora já não dá mais
             A morte foi implacável
             Você partiu
             E não faz idéia do que fez comigo.
             É certo que eu não ando às lágrimas
             Não ascendo velas nem faço oração
             Você quando viva sabia
             E quase sempre compreendia
             Quanto maior o sentimento
             Menor a minha explosão.

             Compreendo perfeitamente
             As ações do criador
             Porém você não calcula
             A extensão da minha dor
             Ah, se eu pudesse agora
             Chorar no teu ombro amigo.

             Não questiono a sua morte,
             Só não aceito a tua sorte...
             Você morreu sem ter vivido.


                        Jairo Cerqueira 23/08/02

8 comentários:

Cristiano Contreiras disse...

Tão intenso sempre! parabéns!

Ricardo Fabião disse...

Olá, Jairo...
estou passando aqui para lhe dizer que seu blogue está entre os meus 15 escolhidos ao Prêmio Dardos.
Todas as especificações sobre o prêmio está na última postagem do meu blog:

http://curvasdapalavra.blogspot.com/2010/05/premio-dardos.html

Passe lá para conferir.

Abraço.
Ricardo.

Jairo Cerqueira disse...

Nesse caso, Cristiano, as palavras falaram sozinhas. Eu fui apenas tomado como cobaia. Um abraço!

Vlw, Ricardo. Obrigado, amigo!

Gerana Damulakis disse...

Forte! Li 2 vezes, muito impactante.

Jairo Cerqueira disse...

Gerana, foi a pura verdade expressa em lágrimas por mim, quando a ficha caiu!
Um abraço.

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

Jairo Almeida de Cerqueira

Voltei e leio seus belos versos, onde voc6e fala:
Você partiu
E não faz idéia do que fez comigo.
É certo que eu não ando às lágrimas
Não ascendo velas nem faço oração
Você quando viva sabia
E quase sempre compreendia
Quanto maior o sentimento
Menor a minha explosão.

É soberbo sentir da alma poeta, meus cumprimentos ao poeta, e meus agradecimentos a sua tão distinta mensagem aos meus versos,
Efigênia

Jairo Cerqueira disse...

Efigênia, esse texto foi a síntese do meu sofrimento quando perdi a minha mãe. Hoje me resta uma saudade boa e necessária.

Anônimo disse...

Seus textos têm muita emoção e sentimento, vc escreve muito bem, parabéns! Estou seguindo! ^^