Bocas que se enfrentam com trejeitos
Que se torcem, se contorcem, se apertam
Que se calam como se fosse o silêncio
O acúmulo de gritos imperfeitos.
Lábios que se xingam uns aos outros
Desrespeitando tristes regras sociais
Gritam, berram e cospem feito loucos...
No vomitório das palavras mais banais.
Nesta Ágora de discursos infundados
A platéia ia aos poucos percebendo
Que em meio a tudo aquilo havia desejo.
E confirmando o que pensavam os curiosos
Aquelas bocas sucumbiram à lei da carne
E o que era espúrio em pouco tempo virou beijo.
Jairo Cerqueira
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