Eu vi corpos que padeciam
Em leitos desconfortáveis
Matérias desfiguradas
Contrastando com o passado
Eu vi o riso sem graça
Na face cônscia do sofrimento
Gemidos que se espalhavam
Num som que cheirava éter
Corpos frágeis ansiavam
A droga paliativa, a química cruel
Tudo incomodava
Até a alegria momentânea doía
Os fortes ali são fracos
Os ricos são todos pobres
Os céticos passam a ser crentes
Todos são pedintes, necessitados
Todos são gente... e gente não é nada.
No Aristides Maltês
Eu vi a morte ceifando vidas.
Jairo Cerqueira
3 comentários:
Menino, menino.. tem que se cuidar.. não dá pra brincar com a saúde.. a vida é boa demais! E vc terá muiiiittttoooooooossss anos de vida! e vai poder aproveitar com as pessoas que vc ama!
Abçs e tudo de bom pra tí
Esse texto foi feito quando fui visitar a minha mãe, já falecida, num hospital. Ela não resistiu ao Linfoma.
bj.
Que poesia forte, densa, demasiadamente humana! De tão cruel chega a ser sublime!
Adorei sua opinião sobre meu poema PESSOAS e ESQUINAS. Você foi o primeiro poeta a fazer uma 'análise técnica' do poema pra mim. Adorei! Muito obrigada pelo carinho!
Quando digo que você me ensina muito é verdade!
Super beijo!!!
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