quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Vontade de potência






O irreconhecimento da inevitável necessidade de nos tornarmos o que verdadeiramente somos, surge porque simplesmente nascemos e crescemos sem perceber. O desejo de enxergar além dos pêlos do coelho, sair da caverna platônica e não temer ser espancado até a morte, infelizmente ainda não foi amplamente socializado.
Não se deve temer àquele mito cavernoso, pois os cegos acorrentados e póstumos não são tão ruins como aparentam ser. Eles só não enxergam e nem vislumbram alternativas.
Se desde a colisão entre o esperma e o óvulo já existe o in - consciente, é justamente nesse Big _ Bem que podia ser diferente, mas não é. Se assim fosse, poderíamos algumas vezes ordenar aos nossos desejos:
“IDE até o EGO e o faça tornar - se um pouco mais flexível”!
Quem sabe, assim, o SUPEREGO seria um pouco menos reprimível!                                                            
Mas somos verdadeiramente impotentes; não nos desvinculamos da cartilha que nos conceitua e nos preceitua de maneira preconceituosa. Enquanto isso, no mercado escarnecedor dos aproveitadores:


“Vende-se sonho importado a um povo que dorme acordado
Num país de ilusões”.



Jairo Cerqueira


1 comentários:

Léia disse...

O seu texto me remete a discussão de quem tem direito a armas nucleares.. somente os mais forte e poderosos.. porque? Para que?
Qual o motivo dessa necessidade de ter mais e mais poder, de submeter os demais a vontade de uma única nação? Os protetores do universo? Uma nação de super-homens... ? será? Não dá pra aceitar, nem concordar..