sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Sinfonia erótica



No pentagrama do prazer
Colcheias pululam com fusas
Para melodizar o gostar corpóreo
E uma semibreve pausa silencia.
Por alguns instantes
Compassos movimentam, com passos
Um andamento ‘molto’ lento.

Sob a batuta do desconhecido
Os toques se aprofundam
E os diafragmas se dilatam naturalmente.

Movimento piano, mezzo, allegro..., Fortííííssimo.

Agora sim, as artérias
Pulsam mais rápido...
Em dez compassos.
Extrapola-se, então, num desatinado diapasão...
Um Alegro Vivace.


Sintonia? Sinfonia? Sim (a) fônicos!

Primeiro, segundo, terceiro, Aaaatooosss.

Num barulho ensurdecedor
Já estão resistentemente na 5ª. (Viva Bethooven!)

É chegado então o gran finale
Ao sono lento, Acorde!

Tudo foi sexacional, prazeroso.
Bravoooooooo!
Pronto...
Se tocaram pelas escalas do improviso.
Agora, que mais lhes resta deste solo em dupla
Se a paisagem é um Sol maior, queimando no céu ‘blues’?

Até qualquer dia?... engano!
Entre eles... nunca ‘JAZZ’ o sentimento.


Jairo Cerqueira

3 comentários:

Léia disse...

Ei te achei!! Viu vc não é o único.. srsr
Muito intenso, caloroso, e sedento de volúpias.. adorei!!

Léia disse...

T.U.D.O DE BOM.COM.BR..

... disse...

Caro Jairo:

Gostei muito do teu espaço e desse poema.

Um abraço,
Murilo.