O perfume
Que invadiu minhas narinas
Numa tarde cinza,
Friorenta e nuvolosa
Se misturou
Ao whisky que eu sorvia
Extasiado
Pelo som de Malagueña.
Por um momento
Percebi com a saudade
Alguma coisa
Meio assim, angustiante
Pois, a ternura
Ternária de Malagueña
Estraçalhou sem piedade
Minha memória.
Essa lembrança
Sopranada em LÁ menor
Fez levitar
As plumas plúmbeas do desejo.
Um outro gole
De whisky com teu cheiro
Embriaguez
De inspiração e sofrimento.
Jairo Cerqueira
5 comentários:
Parabéns pelo estilo e singelo espaço, te sigo, caro!
Valeu pela visita, Cristiano. Volte sempre!
Um abraço.
O que faz levitar mesmo é este belo poema, regado à sensibilidade e bom gosto.
Grande abraço.
Jairo,
É como você me disse hoje, que a música tem um poder enorme sobre as pessoas.
"Embriaguez", "inspiração" e "sofrimento" está tudo no mesmo copo.
Abraço.
É sempre um prazer ler os seus comentários, Juscelino. Um abraço.
É isso aí, Serjão!
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