Ao
contemplar-me
Frente ao espelho
Rejeito o mais velho
Que olha pra mim.
Ele é enrugado
Tem um rosto cínico
Já não é mais começo
Está perto do fim.
Quem é esse cara
Que me olha na cara
E depois cabisbaixo
Resolve voltar?
É só um qualquer
Que esquece de si
E passa a vida inteira
A me procurar.
Quem é esse cara
Que agora me encara?
Jairo Cerqueira
Frente ao espelho
Rejeito o mais velho
Que olha pra mim.
Ele é enrugado
Tem um rosto cínico
Já não é mais começo
Está perto do fim.
Quem é esse cara
Que me olha na cara
E depois cabisbaixo
Resolve voltar?
É só um qualquer
Que esquece de si
E passa a vida inteira
A me procurar.
Quem é esse cara
Que agora me encara?
Jairo Cerqueira
4 comentários:
E a gente não sabe dizer quem é esse outro que nos antecede, nos sabe e não nos quer, ou quer? Nem sei :)
beijosss
Obrigado pela paciência para com o que escrevo. rsrsrs
Bjs!
Jairo,
Poetar e isso. Escrever sobre o cotidiano quando também é desencanto mas encantando com as palavras.
Este tei poema é encontro-desencontro com o outro dentro de nós a espiar distâncias no tempo.
Beijos,
Anna Amorim
Olá, Anna!
Grato pelo seu oportuno comentário. É como se fosse a negação da observação de si próprio em tempo hábil. rsrs
Obrigado pela visita, há tempos que não posto aqui.
Beijos!
Postar um comentário