Saiu de um túnel escuro
Rodopiando feito louca
Penetrou num mundo louco Sem as suas vestes cilíndricas Rompeu moléculas de oxigênio Esmagou ácaros e bactérias
E delirou com a rapidez dos fatosViu pessoas, casas e ruas Não foi vista por ninguém. Não dimensionou o quanto foi cruel Ter saído do seu mundo, ou pior... Ter entrado nele.
Cravou no peito de um ser vivente Embriagou-se com sangue venoso
E sem entenderem a essência do fatoPartiram juntos sem saber pra onde
Morreram juntos sem saber por quê.
Maldito seja o dedo cruel que apertou o gatilho.
Jairo Cerqueira
E delirou com a rapidez dos fatos
14 comentários:
Jairo Almeida de Cerqueira
POESIA ALQUIMICA,
ADOREI LER VOC6E,
PARABÉNS
Efigênia
Valeu, Jairo.
É tudo muito louco mesmo. Talvez louco seja pouco ou tudo é um pouco louco. Mas a poesia é a suprema loucura.
Abraço.
Instigante. E forte. Bom mesmo, Jairo.
Jairo, fui lendo como poesia. E no final descobri um conto. Muito bom e criativo, diferente.
Efigênia, disseste bem!
Valeu, Serjão. É tudo muito 'hospicioso', rsrsrs
Gerana e Bípede: vocês são d+. Vlw!
chegou ao túnel branco?
parabéns jairo.
sucesso
>>
Vlw, George. O túnel branco é uma possibilidade. rsrs Gostei da ação interpretativa.
Obrigado pela visita.
Um abraço!
Gosto das narrativas a partir da perspectiva do objeto; pois acredito em sua necessidade de repetir os passos humanos, na medida em que entregamos nossas vidas aos seus desenhos e engrenagens.
Os objetos são tão vivos quanto pode nossa insanidade, e padecerão do mesmo descaminho humano.
Nesse sentido toda bala é perdida, bem como aquele que dela faz uso.
Ecelente descrição!
Você, como sempre...
Abração.
Ricardo.
Jairo Almeida de Cerqueira,
relendo estes versos alquimicos, e agora jâ em terras Brasileiras,
Efigenia Coutinho
Seja muito bem vinda, Efigênia.
Jairo,
Estilhaços de uma pistola na paisaem urbana.
Poema forte.
Abraços
Valeu pela visita, companheiro. Apareça sempre que quiser!
Um abraço.
Neste momento só o teu poema me socorre de uma dor guaranietzcheana. As vezes fica dificil existir. Bjos.
Sua visita é um privilégio, Grauninha.
Seu pouso nesse espaço é sinônimo de engrandecimento literário.
Paz em Ñanderu!
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