Quo Vadis
Passeias por veredas tortuosas
Respirando o triste odor de ser humano
Põe fogo em suas pedras preciosas
E suas chamas fortalecem um novo império
Destroça em bacanais os teus castelos
Tragado a cada trago que tu levas
A um ventre cerebral já moribundo
Até que o pó_tente de novo enfraquecer-te
A impotência o levará a sua ruína
Não és um Nero competindo com Narciso
Tampouco Sêneca a prever a tocha humana
Só pedra e pó nesses escombros pirotécnicos
Sem perceber que está sendo vigiado
Acorrentado e preso como os animais
Toda vez que arquiteta as escapadas
A morte espreita e te pergunta:
Aonde Vais?
Jairo Cerqueira
6 comentários:
E aí, meu amigo. "Aonde Vais?"
Uma das questões fundamentais da existência humana. "Só pedra e pó nesses escombros pirotécnicos." Belo texto.
Abraço.
Jairo,
Nem sei o que comentar. Porque a vida é bem assim só que sem a beleza da poesia.
bj
Meu querido Jairo de Salinas: sua poesia pergunta e eu digo que quero/preciso ir para Yvy Marãey - a "a terra sem males", como nos ensina o mito dos parentes guarani.
paz em ñanderu, Grauninha
Nossa, um poema e tanto, impactante.
Sem perceber que está sendo vigiado
Acorrentado e preso como os animais
Toda vez que arquiteta as escapadas
A morte espreita e te pergunta:
Aonde Vais?
GRANDE FINAL,ISSO QUE EU CHAMO DE POETA DE VERDADE, PARABÉNS, ADOREI ESTAR AQUI, OBRIGADA POR SUA MENSAGEM,EFIGENIA
E depois da pergunta, gargalha e diz: "Venha cá... retorne à sua insignificância...".
Excelente!
Abraços.
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