Um homem sentado à mesa.
Copo cheio, garrafa ao meio,
Cigarro à mão.
Fumaça que sobe,
Cachaça que desce...
Prazer, ou não?
Outro a espreitar na esquina
Revólver à cintura,
Sua mira é certeira,
Momento de pânico, dois braços que sobem...
La se foi uma carteira.
Um operário vendendo o suor
Na busca desesperada
Pelo mínimo salário.
Sofrimento, revolta e luta,
Mais um dia de labuta, com um patrão ordinário.
Três cenários diferentes,
Uma vida atribulada.
O vício, o crime e a miséria
Caminham na mesma estrada.
Jairo Cerqueira
6 comentários:
e nós temos que achar normal.
Então! E aí vem o político fdp e diz que ficou rico pelas graças de Deus e olha pra tudo isso de cima, de camarote.
Abraço.
QUEM FOI QUE DISSE QUE NÃO É POSSÍVEL FAZER DENÚNCIA EM FORMA DE POESIA? POIS BEM, AQUI ESTÁ!
PARABÉNS
SEMPRE VOANDO...
W.
Adoro essa poesia pujante, cáustica, corrosiva...
Não suporto a poesia idealista que só canta as perípécias do amor. Também gosto dos poemas de amor, afinal de contas sou mulher, mas a poesia é algo maior, muito maior e, por isso apresenta inúmeras funções; e o protesto/manifesto sócio-econômico e social é sem dúvida uma de suas funções mais pertinentes.
E sua poesia se enquadra nesse contexto de DENÚNCIA SOCIAL. Lindos seus versos e linda sua missão de levar Luz à consciência (des)humana.
Parabéns!!!
Tenha um lindo final de semana!!!
Beijos iluminados em ti!!!
caótico e absurdo cotidiano. Ótica realista, tua poesia até os surdos escutam.
Obrigado pela visita e pelo comentário, Marcio.
Um abraço.
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