A minha vida é um mar aberto
Com tempestades e bancos de areia
Sou um velho nauta que o tempo gostou
E mantém vivo por contemplação
Cabelos brancos que o sal tingiu
E a pele crespa que o Sol queimou
Sem foto shop mostram quem sou eu
Vida bandida que em mim habita
Há meio século e duas dezenas
Se regozija quando me perguntam
Por que viajas tanto, tanto, tanto?
Sou um marujo a mapear o tempo
Tenho segredos e vontade plena
A minha alma guarda os meus barcos
Meu coração as pontes de safena
Jairo Cerqueira
2 comentários:
Jairo, que lindo a alma guardar os barcos. Muito mesmo.
Bj.
Muito bonito, Jairo. "A minha alma guarda os meus barcos" é um verso extraordinariamente bonito.
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